Laboro Blog

27 de mar. de 2008

Mentir no CV pode ser desastroso para a carreira

"Todo mundo faz", diz "todo mundo". Mentir sobre o currículo profissional parece ser algo comum, mas nem sempre algo compensador.

Depois da demissão no ano passado de Patrick Imbardelli, CEO do InterContinental Hotel Group's Asia-Pacific, por ter mentido sobre três qualificações acadêmicas que não possuía (o InterContinental Hotels Group é uma cadeia de hotéis internacional com mais de 556.000 apartamentos em mais de 100 países, inclusive Brasil), o assunto voltou à tona.

Imbardelli é considerado um eficiente hotelier, tanto que foi indicado para o cargo de CEO pelo board do grupo. Na prática, sua saída foi uma perda para o InterContinental Hotel Group, pois seu reconhecido talento não seria tão facilmente reposto. Então, por que a famosa cadeia de hotéis não preferiu mantê-lo após essa descoberta?

Por princípios, os funcionários da empresa devem aderir aos padrões éticos publicamente defendidos por ela. Perdoar Imbardelli daria abertura para todos do grupo se livrarem de punições relacionadas a esta prática.

Para o grupo, ocultar a questão seria mais fácil do ponto de vista prático, mas coadunar com tal comportamento poderia causar um dano ainda maior na reputação da empresa e no seu relacionamento com seus funcionários.

Ninguém deve desejar o fim da carreira das pessoas que são descobertas mentindo em seus CV's como fez Imbardelli. Na realidade, isso deve funcionar como uma oportunidade para a retomada da verdade na vida profissional delas e principalmente, sua reconstrução. Mas tampouco se deve aceitar isso como algo "normal".

E aqui vai uma dica: da próxima vez que você ouvir alguém dizer que "todo mundo mente no currículo vitae", dê uma verificada no CV deste cidadão. Você poderá descobrir coisas surpreendentes sobre ele.


Fonte: FT.com