Laboro Blog

17 de mar. de 2008

Os limites da remumeração como incentivador da performance

Desde Frederick Herzberg que é sabido que remuneração não é remédio para falta de motivação. Porém o tema está longe de se esgotar e, de tempos em tempos, ganha algum artigo dando uma "nova" roupagem ao tema. Em 2006, por exemplo, dois pesquisadores do Instituto Gallup americano publicaram o livro 12 Elements of Great Managing (Wagner and Harter 2006). A publicação listou as 12 principais afimarções de empregados felizes com seus trabalhos, que são:
  • Sei o que se espera de mim no trabalho.
  • Tenho os materiais e equipamentos que preciso para fazer o meu trabalho direito.
  • No trabalho, tenho a oportunidade de fazer o que eu faço melhor a cada dia.
  • Nos últimos sete dias, tenho recebido reconhecimento ou elogios por fazer um bom trabalho.
  • Meu supervisor, ou alguém no local de trabalho, parece preocupar-se comigo como pessoa.
  • Há alguém no trabalho que incentiva meu desenvolvimento.
  • No trabalho, minhas opiniões parecem contar.
  • A missão ou finalidade da minha empresa que me faz sentir o meu trabalho é importante.
  • Meus sócios ou colegas de trabalho estão empenhados em fazer um trabalho de qualidade.
  • Tenho um melhor amigo no trabalho.
  • Nos últimos seis meses, alguém no trabalho falou-me sobre meu progresso.
  • No ano passado, tive a oportunidade de aprender e crescer no trabalho.

Este é o tipo de análise que alguns profissionais de remuneração ignoram. Longe do universo das tabelas, quadros-guia, regressões lineares e outros bichos estatísticos, as estratégias de compensação (leia-se remuneração e benefícios) devem ser avaliadas através de uma lente emocional para maximizar seus efeitos motivacionais.

O tema do salário sempre estará em voga. Com um razoável e bem compreensível conjunto de critérios para apontar como o salário é determinado na organização, fica minimizado o potencial que ele tem de tornar-se uma fonte de conflito.

Salário não compra comprometimento. Uma empresa que considera seus empregados como parceiros e as partes interessadas, ao invéz de recursos a serem explorados, serão recompensadas com lealdade, empenho e desempenho.